O que é longboard?

O skate surgiu no final do sec. XIX, nos EUA, quando algumas crianças resolveram se divertir retirando as rodinhas dos patins e as encaixando em tábuas de madeira. Porém, a invenção da molecada era considerada apenas um brinquedo, assim como a scooter (uma espécie de patinete da época), e não tinha nada a ver com o esporte que conhecemos hoje.
A partir de 1959, o carrinho passou a ser fabricado em escala industrial e se tornou mania entre as crianças americanas. E não demorou muito para que os surfistas da Califórnia percebessem que aquele brinquedinho despretensioso poderia ser uma ótima alternativa nos dias com poucos swells, mudando o conceito que se tinha sobre o skate na época, que chegou a ser apelidado de “sidewalk surf” (surf de calçada).
Um tempo depois, o esporte se popularizou e surgiram vários tipos de decks com formatos e tamanhos diferentes, inclusive os skates com mais de 40 polegadas, que são os chamados longboards.
O longboard se divide nas seguintes modalidades:
Classic- Como o próprio nome diz, está modalidade é a mais clássica do longboard. Suas manobras consistem em caminhar sobre o shape enquanto se realiza curvas e cavadas estilosas ao longo da ladeira.
Caracterizado
por sua estética vintage, inspirado no surf dos anos 1950 e 1960,
o longboard classic deve medir a partir de 50 polegadas e o atleta pode
praticá-lo de tênnis ou com os pés descansos, assim como também pode
escolher se utiliza lixa no shape ou não. (essas escolhas ficam a
critério de cada praticante).
![]() |
Leonardo "Amendoin" - Two foot nouse weelie |
Downhill speed
- Trata-se de uma corrida sobre skates em alta velocidade, chegando a
atingir mais de 80 km por hora. Assim como a mega rampa, é considerada
uma das modalidades mais perigosas do skate, fazendo com que seja
necessário utilizar um tipo de equipamento especial, como o macacão de
couro e o capacete fechado.
![]() |
Ricardo Max Tonniges -Kako Max |
Downhill Slide – consiste em descer as ladeiras em alta velocidade, efetuando diversas
variações de slides com ou sem as mãos no chão. Devido à constante
velocidade e a agressividade das manobras, o Downhill Slide é
considerado uma das modalidades mais radicais do skate.
![]() |
Jorge Bruno - tail slide |
Longboard Park (Banks, street, mini-ramp e vertical)
Banks – é uma variação do bowl, mas sem paredes
laterais tão íngremes, e com altura média de 2,50 m. A sua prática consiste em
deslizar nas transições do banks até o coping (cano de ferro), dando aéreos e
efetuando manobras de borda.
Street – da mesma forma que o Street praticado com
o “skatinho”, a modalidade consiste em fazer manobras para superar obstáculos, como corrimãos, escadarias, caixotes etc.
Mini-ramp
– é uma variação do half -pipe, mas sem
paredes verticais e com altura geralmente até 2,50 m. Assim como o
Banks, a modalidade consiste em realizar manobras de borda e aéreos.
Vertical
– inspirado no skate de piscina dos anos 1970, o vertical é praticado
em uma estrutura de concreto ou madeira em formato de
half-pipe (em U) ou bowl (bacia), contendo nas laterais uma parede
vertical com
90º de inclinação e com no mínimo 3,50 m de altura. O Vert consiste em
deslizar
com skate pela transição do half, realizando manobras aéreas ou nas
bordas.
Obs: De
acordo com as regras da confederação nacional de skate (CBSK), o bowl não está
incluso na divisão de sub-modalidades do longboard.
![]() |
Mario Neto - frontside |
Freeride –
consiste em descer ladeiras realizando diversas variações de slides.
Nesta modalidade também é possível ver outros tipos de manobras em
velocidade, como o shove it, varial etc.
Freestyle – Consiste em realizar manobras no solo flat – sem obstáculos. Cada vez mais comum entre os longboarders, essa modalidade é uma prova de que é possível fazer manobras mais técnicas também com shapes maiores. O Freestyle pode ser praticado tanto com os boards tradicionais (com tail e nouse) quanto com os simétricos ou retos;
Dancing – trata-se de uma variação da modalidade Freestyle, onde o praticante deve seguir um trajeto realizando manobras e uma série de passos sobre o board, que se assemelham muito com uma dança – daí o nome dancing;
![]() |
Lucas Inke |
Freestyle – Consiste em realizar manobras no solo flat – sem obstáculos. Cada vez mais comum entre os longboarders, essa modalidade é uma prova de que é possível fazer manobras mais técnicas também com shapes maiores. O Freestyle pode ser praticado tanto com os boards tradicionais (com tail e nouse) quanto com os simétricos ou retos;
Dancing – trata-se de uma variação da modalidade Freestyle, onde o praticante deve seguir um trajeto realizando manobras e uma série de passos sobre o board, que se assemelham muito com uma dança – daí o nome dancing;
Cruising – esse tipo de prática não possui regras e
é totalmente despretensiosa. Ou seja, consiste em utilizar o board apenas para se locomover ou simplesmente se divertir.
Fontes:
Livro: "Cidade e a Tribo Skatista" de Leonardo Brandão
www.longbrasil.com.br